quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Depende dos olhos de quem vê

Certas pessoas simplesmente não nasceram para vencer.
Possuem quase tudo o que necessitam — falta coragem.
Quando o caminho se abre, tropeçam em si mesmas. Quando há uma pedra no meio da caminhada, então, afundam suas cabeças o mais fundo possível no chão, para se pouparem de ver a desgraça que pensam estar por vir.
Já é hora de acordar para a vida, para o mundo. Já é mais que hora de começarem a andar com seus próprios pés.

(Perdem-se constantemente em meio a problemas que eles mesmos criam)

Precisam buscar suas identidades, suas personalidades caídas e escondidas em algum lugar de seus odiosos âmagos.
Por quanto tempo mais ficarão dormindo e chorando em seus tão nauseados e inefáveis pesadelos?
Por quanto tempo ainda ficarão construindo esse muro de infinitas lamentações?
O mundo te convida a caminhar. E a vida, acredite, está cansando de te esperar.

A decisão é tão somente sua.
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Lágrimas correm por minha face. A dor às vezes toma conta de mim, não tenho para onde ir, não sei mais o que fazer.
Por que tudo se volta contra mim a todo o momento que tento fazer da vida um lugar melhor para se viver?
Por que as cinzas do céu ofuscam tanto meu sol?
Por que essa cidade morta parece me puxar cada vez mais para seus bueiros?
Com minhas vontades e esperanças mortas, sinto que falta algo que me faça continuar.

(Perco-me no labirinto que minha vida se tornou)

A vida... Não segue.
O mundo... Não gira.
Inerte, findado... Caio. Já sem forças para levantar, inicio aqui meu fim.
E que a sorte, que foi lançada bem longe de onde me encontro, possa encontrar alguém cujos olhos não sejam como os meus, mais vazios que a nuvem que agora colhe meu suor e o devolve com sua chuva ácida.

A decisão já não cabe mais a mim.