quinta-feira, 11 de outubro de 2012

[untitled]

Há tempos não consigo fazer minha inspiração trabalhar em sintonia com meus pensamentos. O que me vem é sempre algum assunto sobre o qual não quero falar, daqueles que você gosta de deixar bem escondido nos cantos do sua mente, e que te enchem o saco bem na hora em que você deita pra dormir. Não quero escrever sobre a mesmice, sobre a rotina, sobre os desastres ou mesmo sobre a esperança. Não quero tomar o cuidado de escrever certo, ainda que faça parte do meu trabalho cuidar que nenhuma palavra saia errada. Queria apenas abrir a mente para essa inspiração doida e deixar sair o que ela bem quisesse que saísse. Mas não dá.
Não que não dê...

Sei lá, não posso.

A verdade é que não quero.
Tô tentando arranjar desculpas para não dizer que estou lutando bravamente contra um monte de pensamento doido que parece não fazer sentido algum no começo, mas que depois acaba se juntando com outro pensamento, e outro, e outro... Vou seguindo cada um desses encaixes e quando me dou conta já anseio pela conclusão. Que bobo que eu sou. Não percebo que tudo isso nada mais é que a história sobre a minha vida. Sobre o que fiz ou deixei de fazer. Sobre o que quero pra mim e o que, até o momento, consigo alcançar.
Mas, o que quero pra mim mesmo?

No momento, um sorvete de limão faria meu dia. Amanhã, não sei, talvez uma passagem para Londres, ou Paris. Sem volta.
É claro que o sol também brilha pra mim, e que hoje as estrelas estarão irresistivelmente lindas. Não reclamo disso, só queria olha-las por outro ângulo, a partir de uma nova planície, de um novo quintal, de uma nova janela. De uma nova perspectiva, enfim.

 
How long must i wait for?

Um comentário:

  1. e mais uma vez estou eu aqui me encontrando num texto seu!
    As vezes quase sempre é bom ter novas perspectivas (:

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