segunda-feira, 25 de abril de 2022

Just another rainy night

 Clique aqui e dê play na chuva e no vídeo antes de ler :)


I still look outside and see your face at every little drop of rain. It’s funny to think that even the Sky is crying now that you’re gone.

I wonder how you’re doing this far… Are you fine? Did everything go just as you planned, just as you dreamed? I have to admit it keeps me awake from time to time… You had so many objectives, goals, places to see, people to know. Have you got to see everything you wanted already?

Have you got any sincere smile? At least one butterfly in the stomach? Have you touched the stars? Have you thrown yourself away in some deep blue sky? Did you have the chance to just lay in the ground and look at the clouds? What about some dance in the rain?

Right now I look outside again to check if I see any of your moves in this rain pouring right at my window. Maybe a rainbow comes after it — and God I pray it brings you here. Let me be your pot of gold, your final reach! I swear I’ll wait for you.

You know, little bird, no place is big enough to fit your wings. So the joke’s on me to think you could fit only in my heart. Anyway, it’s even more beautiful to see you fly, and I mean it. No regrets. So keep going and enjoy the life only you could give to yourself. I’ll be here, in case you need a nice word or a warm hug.

The tea cup is empty and the night is far from ending. Better get some sleep.

Good night, free spirit. Wherever the heck you may be.

(I miss you)

Time and Time Again



É inacreditável pensar que isso vai acontecer de novo. Dessa vez eu tinha total conhecimento de que ocorreria e, mesmo assim, eu me apeguei. Eu quis me convencer de que seria diferente; de que, finalmente, conseguiria mudar o destino. Mesmo sabendo que nunca ninguém ficou, eu queria com todas as minhas forças acreditar que você ficaria. Que contigo seria diferente.

Mas a verdade é que tem coisas que não são possíveis mudar.

E é isso. Tenho que aceitar. Se o amor verdadeiro é aquele que liberta, é aquele que deixa voar, que deixa viver, então assim que tem que ser. A felicidade real é saber que você está feliz, não importa se perto ou longe.

Isso não vai fazer meu sentimento por você mudar. Vou continuar te amando. Vou continuar querendo seu melhor, te ajudar, te fazer bem. Quero saber dos seus voos mais altos, das suas maiores conquistas, da pessoa incrível que você vai se tornar. Ainda que minha parte na sua história já tenha sido escrita, aguardarei ansioso pelos próximos capítulos, para comemorar aqui, de longe, suas vitórias.

Então não fique triste. Não fique mal. Acho que até mesmo você sabia da loucura que tudo isso era. Do quão rápido as coisas aconteceram e que, com a mesma velocidade, elas poderiam acabar. Quase como um cometa, que rasga o céu num festival surpreendente de beleza e força, mas que logo não se faz mais visível, deixando apenas a memória do momento.

(eu acho que vou pedir umas férias desse ciclo.)

Sentir você indo embora aos poucos dói demais. Mas eu tenho muito o que agradecer.

Você devolveu minha inspiração, me fez voltar a fazer coisas que não fazia há anos, reviver sentimentos adormecidos, me sentir vivo mais uma vez. Isso não tem preço. Não tenho palavras o bastante para descrever o bem que você me fez. Sou grato e me lembrarei sempre disso.

Seja feliz, lembre-se sempre da sua força e não deixe a vida te derrubar, exija que as pessoas te tratem como você merece e não aceite menos que isso, e viva. Viva muito e bem. Nas dificuldades e nos momentos bons. Se um dia nossos caminhos se cruzarem, o abraço que te devo vai ser dado.

(traduzindo parte da música do início do texto:

Em tempos como este, você aprende a viver de novo
Em tempos como este, você se entrega e se entrega de novo
Em tempos como este, você aprende a amar de novo

... Tempos como este vivem se repetindo”)

quinta-feira, 14 de abril de 2022

À Procura (Prólogo? Alguns anos antes?)

 - Cara.

- Fala aí.

- Tava pensando aqui... Faz um bom tempo que a gente não consegue ficar na paz né?

- Como assim?

- Sei lá, tipo viver sem morrer de preocupação com tudo, sem ter um mundo inteiro de problemas para resolver... Tirar férias da vida, sabe?

- Tô ligado, mas é que não tem como, né?

- Como não?

- Ué, tirar férias da vida é postergar as coisas. Tipo... Tudo bem a gente pegar um momento pra se libertar, mas não pode se iludir achando que os problemas vão desaparecer, entendeu?

- Sim sim... Disso eu sei. Eu só quero essa pausa mesmo, esse momento no topo de qualquer montanha.

- Partiu po! Bora lá! Qual?

- Sei lá... Uma bem longe daqui. Sabe mano, talvez eu queira me iludir sim... Talvez eu queira acreditar que meus problemas vão sumir. Tá tão pesado, tá tão sem fim...

- Eu sei. Ultimamente parece que a vida virou de cabeça pra baixo, né? Mas bora fugir, man! Quando voltar, com a cabeça fria, talvez a gente ache solução pra algumas coisas!

- “A gente” o quê, po?! Precisa se envolver nas minhas tretas não. Eu dou um jeito... Só preciso entender como.

- Se liga. Cê tá ligado que comigo não tem tempo ruim. Tamo junto, po! Dias bons e ruins, tipo casamento hahaha!

- hahahah... Ok, obrigado irmão. Você sempre tá ali quando precisa mesmo.

- Se não for pra isso que amigo é feito, nem sei mais pro que é.

-...

-...

- Pra onde então a gente vai?

- To pensando aqui... Tem um lugar que eu sempre quis ir.

- Onde fica?

- ... Noruega.

- QUE? Não tinha nada mais longe não? Hahaha

- Tem que ser lá, cara. Senão não conta.

- Ok Ok... Mas como a gente chega lá? Tipo, com que dinheiro? Deve ser super caro!

- Tem razão... Vamos então aqui na Cantareira mesmo, mas bora já deixar esse outro rolê na meta. A gente TEM que subir lá!

- Fechou, malandro. Então amanhã a gente faz a trilha da Pedra Grande, pode ser?

- Beleza. Te mando msg antes de sair de casa.

- Vou aproveitar e ir pra casa também, Maurício, senão amanhã não vou ter força pra andar dois passos hahaha.

- Beleza, Renato. Até amanhã!

 

(continua)

 

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Back to Me


 (enquanto lê, dá o play no vídeo acima!)

Pra mim chega!

Esperei demais por você. Tantas promessas vazias, tantas vontades sem objetivo... Não vou mais compactuar com suas palavras ao vento e sentimentos superficiais.

Vou voltar pra mim, vou fazer as pazes comigo. Passaporte na mão, viagem agendada.

De lá, vou tirar férias de você, de nós, e de tudo que me rodeia. Vou me permitir navegar por Veneza, admirar Milão, passear de bicicleta pelas muralhas que envolvem Luca, tirar a foto clichê em Pisa, espantar os pombos no Vaticano.

Caminharei em volta do Coliseu, admirarei a história de Assis, pouco antes de me maravilhar com a paisagem natural de Lecce. Por cada cidade que passar, vou deixar também uma parte sua que ainda levo em mim, para que, no fim desta história, nem mesmo a menor lembrança fique de nossos momentos confusos e complexos.

Inefável é minha vontade de bradar a todos os que quiserem ouvir que, a partir de agora, quebro minhas correntes, viro a página, abro meus braços e me jogo céu acima em busca do novo, do diferente, do surpreendente.

Rasgarei minhas roupas, meus limites, com a força que você sempre disse que não tinha. Expandirei meus horizontes com a coragem de ir além de onde você disse que eu nunca chegaria. Reacenderei em mim a chama que se alimenta do que meus olhos veem; cada paisagem, cada pessoa, cada estrela no céu. 

Quanto a você, pode ficar onde quiser, só não do meu lado.

Porque, agora que voltei pra mim, do meu lado, não precisa haver mais ninguém.

 

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Entreato

 

De todas as coisas que a vida oferece, eu só queria viver.

Sem a necessidade de me prender a lugares, sem ter a rotina como minha prisão.

Gostaria de ver diferentes nasceres do Sol. Voltar a caminhar, nadar, voar. Ter a necessidade da simplicidade apenas, sem precisar me comparar a ninguém nem querer ou invejar a vida dos outros. Apenas viver a minha, assim, do meu jeito.

Sem carros do ano, mansões ou palácios. Valorizar o que realmente tem valor. Gastar o tempo, nosso maior tesouro, em momentos inesquecíveis. Afinal, o tempo é o único item que, se usar errado, não tem mais volta.

Queria me desvencilhar desse ouro de tolo. Encher meu bolso de sorriso e alegria, só.

(Em que momento me perdi dos meus ideais? Quando decidi me acomodar?)

Ainda há tempo para recomeçar, mas não muito.

E desta vez eu não vou renunciar a nada.

Desta vez, eu não vou abrir mão de mim mesmo.  



terça-feira, 5 de abril de 2022

Hide and Seek

 

(dê o play antes de começar a ler!)

Sigo correndo. Ele não pode me alcançar! Se isso acontecer será meu fim!

Entre arbustos e pedregulhos, vou me esquivando matagal adentro. Preciso me esconder a qualquer custo, fazer o mínimo de barulho possível.

Ouço o barulho das correntes. Meu corpo paralisa, não consigo fazer nada! Vamos, pernas, pro meio do mato, pro meio do mato!

Consigo enfim me mover e me deixo cair por sobre o mato. Está escuro, quem sabe ele não me acha aqui... E esses insetos, saiam daqui, minhocas e formigas irritantes! Não posso fazer barulho, parem de subir em mim!

Estou suando frio... por favor corpo, não comece a tremer... os sons estão chegando mais perto... Chore quieto, chore quieto!

Os passos, estão vindo em minha direção! O que eu faço? O que eu faço? Por que não tem ninguém aqui? Cadê os outros?

Que barulho foi esse? Algo caiu no chão. Ele desviou a atenção... Isso, ande para lá, vai pra longe! Me deixa em paz!

Será que já tá longe? A hora é agora, preciso fugir antes que... O que é isso no meu pé?

Solta bicho chato, uma cobra aqui do nada, por favor sai sai SAI! Ah não, oo o o o barulhlh-lho... E-el-e-e me o-ouvvviu?

- Ah não.. Não! Eu tava tão perto! Sai daqui! O QUE FOI QUE EU TE FIZ?

- ...

Por que tá tudo rodando ao meu redor? Assim eu vou cair... Que isso... é SANGUE? Da minha cabeça???????

Não to conseguindo mais levantar... mas pelo menos tá me dando uma calma! Acho que vou ficar por aqui mesmo... To um pouco cansado... Acho.. Que vou dorm... Dormir um pouc-



segunda-feira, 4 de abril de 2022

Another Untlitled Feeling

 Acho que descobri. Finalmente entendi.

Tudo começa quando vocês colocam alguém no meu caminho. Sempre de maneira inusitada, sempre de forma surpreendente.

Conversamos, e em dois dias parece que já as conheço faz anos. E --- veja só ---, numa desditosa coincidência, todas estão passando por momentos delicados e cruciais naquela época de suas vidas.

Momentos esses que não consigo simplesmente deixar para lá. São angústias lancinantes, dores agudas, que são sempre desdenhadas por aqueles que poderiam oferecer um ombro amigo. Dizem ser frescura, coisa boba, exagero, babaquice.

Essas mesmas pessoas que desdenham esquecem que elas mesmas passam ou já passaram por dores iguais, em situações diferentes. Não se lembram que a montanha russa da vida pode colocá-los também naquela posição de dificuldade, no qual só quem passa por ele consegue entender o peso e a veracidade dos sentimentos que vive.

Então, me sinto no dever de ajudar. Tudo o que puder fazer, farei. Dentro dos meus limites, vou agir.

É como se alguém muito querido estivesse com um problemão. Não importa se conheço há um dia ou 10 anos.

Então, a ajuda ocorre. A situação passa.

Aquela tempestade cessa, a maré baixa.

Tudo, enfim, fica bem.

O ciclo se encerra.

É como se a missão tivesse sido concluída. E, como consequência, a pessoa aos poucos prossegue sua vida, sem a barreira que a impedia de seguir. De onde permaneço, vejo-a se distanciando mais e mais, até que sua silhueta se confunda com o horizonte.

E não tem nada de ruim nisso. Muito pelo contrário.

É fantástico ver alguém que aprendi a amar caminhando de forma livre, segura, independente. Construindo seu próprio caminho.

Vencendo.

Sorrindo.

Fico em meu lugar, esperando a próxima missão que vocês vão me dar. A saudade existe, mas é abafada pela alegria de ser útil.

(Dói um pouco, sim. Não gosto de despedidas, mas não há nada o que possa ser feito quanto a isso, né?!)

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(Né?)

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sexta-feira, 1 de abril de 2022

Infinite waves


(Música: James Young - Infinity)

Após uma viagem frustrante em que nada queria dar certo, Ana, no alto de seus 10 anos, voltava para casa. No banco de trás do carro de seu pai, via a paisagem passar. Seus cabelos pretos esvoaçavam com o vento, que de seus olhos claros arrancavam as lágrimas represadas.

Marcos, o pai de Ana, olha para trás. Sente muito pela experiência que a filha teve, e resolve tentar melhorar as coisas.

Ainda triste, Ana começa a ver a paisagem mudar em sua frente. Um som distante, que ia ficando cada vez mais próximo, envolve-a; então diante de seus olhos, após o carro vencer as últimas montanhas, Ana vê, pela primeira vez, o mar.

Um sentimento único a invade e a preenche por completo. O verde de sua Íris brilha e seu corpo instintivamente dança ao som das ondas quebrando na praia. Sem perceber, Ana abre os braços, como se deixasse o vento levantar seu voo até a areia.

O carro para. Ana olha para o pai, esperando aprovação. Tão logo recebe e corre calçada afora até o início da praia. Seus pés, já descalços (para onde voaram os chinelos?) tocam a areia macia e quente. Sente como se agora soubesse como é pisar em nuvens, e caminha agora em direção ao mar. Todo aquele infinito de água cristalina a fascina, e andando agora mais devagar, chega à areia molhada. Sente os pés afundarem um pouco, e hesita. Olha para trás, outra anuência de seu pai.

Então, sentindo-se confiante e segura, dá mais um passo à frente, mais um, mais um. Vê uma onda alcançar seus pés, e não segura a felicidade de sentir a água do mar, gelada, pela primeira vez na vida.

Sentia como se aquele fosse o melhor dia da sua vida, de tão leve que se sentia. Sua inocência de criança tornava tudo ainda mais singelo. A lágrima de alegria dela, agora, se junta ao mar.

Um momento simples que, para Ana, parecia infinito.