segunda-feira, 4 de abril de 2022

Another Untlitled Feeling

 Acho que descobri. Finalmente entendi.

Tudo começa quando vocês colocam alguém no meu caminho. Sempre de maneira inusitada, sempre de forma surpreendente.

Conversamos, e em dois dias parece que já as conheço faz anos. E --- veja só ---, numa desditosa coincidência, todas estão passando por momentos delicados e cruciais naquela época de suas vidas.

Momentos esses que não consigo simplesmente deixar para lá. São angústias lancinantes, dores agudas, que são sempre desdenhadas por aqueles que poderiam oferecer um ombro amigo. Dizem ser frescura, coisa boba, exagero, babaquice.

Essas mesmas pessoas que desdenham esquecem que elas mesmas passam ou já passaram por dores iguais, em situações diferentes. Não se lembram que a montanha russa da vida pode colocá-los também naquela posição de dificuldade, no qual só quem passa por ele consegue entender o peso e a veracidade dos sentimentos que vive.

Então, me sinto no dever de ajudar. Tudo o que puder fazer, farei. Dentro dos meus limites, vou agir.

É como se alguém muito querido estivesse com um problemão. Não importa se conheço há um dia ou 10 anos.

Então, a ajuda ocorre. A situação passa.

Aquela tempestade cessa, a maré baixa.

Tudo, enfim, fica bem.

O ciclo se encerra.

É como se a missão tivesse sido concluída. E, como consequência, a pessoa aos poucos prossegue sua vida, sem a barreira que a impedia de seguir. De onde permaneço, vejo-a se distanciando mais e mais, até que sua silhueta se confunda com o horizonte.

E não tem nada de ruim nisso. Muito pelo contrário.

É fantástico ver alguém que aprendi a amar caminhando de forma livre, segura, independente. Construindo seu próprio caminho.

Vencendo.

Sorrindo.

Fico em meu lugar, esperando a próxima missão que vocês vão me dar. A saudade existe, mas é abafada pela alegria de ser útil.

(Dói um pouco, sim. Não gosto de despedidas, mas não há nada o que possa ser feito quanto a isso, né?!)

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(Né?)

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